O pessoal médico faz reverência à doadora de órgãos Li Hongyan antes da cirurgia de extração de órgãos em Shannan, sudoeste da Região Autônoma do Tibete, na China, em 22 de agosto de 2018. Foto de arquivo: Xinhua

 

A China tem mais de 140.000 pessoas registradas esperando por transplantes de órgãos, mas o número de transplantes de órgãos é inferior a 20.000 por ano. Estabelecer um mecanismo de compartilhamento inter-regional de doações de órgãos permitiria melhor que os órgãos doados fossem para os mais necessitados, propôs um conselheiro político. 

Na duas sessões anuais, Zhu Tongyu, membro do Comitê Nacional da CCPPC e vice-reitor da Faculdade Médica da Universidade de Fudan em Xangai, ressaltou em sua proposta que houve progresso significativo na doação e transplante de órgãos desde que a China cessou a prática de usar órgãos de prisioneiros executados a partir de 1º de janeiro de 2015, mas ainda há uma lacuna substancial entre a oferta e a demanda de órgãos.

De acordo com as últimas estatísticas do Sistema de Transplante e Compartilhamento de Órgãos da China em 2023, o número de candidatos registrados para transplante de órgãos na China ultrapassou 140.000, mas o número de transplantes de órgãos anuais é inferior a 20.000, deixando muitos pacientes esperando, com alguns falecendo enquanto esperam, disse Zhu. 

Milhões de pacientes com insuficiência renal em estágio terminal na China estão recebendo tratamento de diálise, com o número de novos pacientes com insuficiência hepática variando de 500.000 a 1 milhão anualmente. 

Zhu disse que a obtenção e distribuição de órgãos é baseada principalmente em limites provinciais, com doações de órgãos compartilhadas principalmente dentro das províncias, e a distribuição de órgãos entre províncias representando uma porção muito pequena, uma tendência que está se tornando cada vez mais aparente. 

Cidades de centros médicos de alto nível como Pequim e Xangai têm áreas de atendimento que cobrem todo o país, com um grande número de pacientes que necessitam de transplantes vindos de todo o país. No entanto, seu acesso aos transplantes de órgãos permanece limitado a Pequim e Xangai, detalhou ele.

Por exemplo, ele disse que Xangai poderia estabelecer uma rede de compartilhamento e distribuição com outras cidades na região do Delta do Rio Yangtze, enquanto Pequim poderia compartilhar distribuição de órgãos com a região Pequim-Tianjin-Hebei, alinhando-se ao planejamento regional com base nas capacidades de serviço médico.

"Estabelecer um mecanismo para compartilhamento regional de órgãos pode efetivamente aliviar a contradição entre oferta e demanda de órgãos, melhorar a eficiência do transplante de órgãos e salvar mais vidas de pacientes com falência de órgãos, aprimorando, em última análise, o nível de saúde do povo", disse Zhu.

A China estabeleceu um sistema completo de garantia legal e regulatória, sistema de apoio político, supervisão de trabalho e sistema de controle de qualidade para doação e transplante de órgãos.

Os regulamentos nacionais estipulam que a doação de órgãos deve aderir aos princípios de participação voluntária e não remunerada, e as condições e procedimentos de doação devem ser aprimorados com base no Código Civil, de acordo com a Agência de Notícias Xinhua.

Global Times 




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